Sentido: Segundo antiquíssima tradição, esta é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12,42). E, a vigília que nela se celebra para comemorar a noite santa da ressurreição do Senhor, é considerada como a “Mãe de todas as Santas Vigílias” (Santo Agostinho). Nela a Igreja, vigiando espera a Ressurreição do Senhor e a celebra com os sacramentos da iniciação cristã.
Preparar:
a) Para a bênção do fogo: fogueira fora da igreja, onde o povo possa reunir-se; círio pascal; cinco grãos de incenso e estilete; pavio para acender o círio com a chama do fogo novo; velas para os participantes da vigília; pinças para que o turiferário possa tirar as brasas do fogo novo e pô-las no turíbulo.
b) Para a proclamação da Páscoa: pedestal para o círio, perto do ambão.
c) Para a liturgia batismal: recipiente com água; quando se celebram os sacramentos da iniciação cristã: óleo dos catecúmenos; vela batismal; Ritual Romano.
As luzes da Igreja se apagam.
1) Bênção do fogo e preparação do Círio:
Sentido: celebração da luz, Cristo luz do mundo, que vai dissipando nossas trevas.
O sacerdote e os ministros aproximam-se do lugar onde o povo está reunido para a bênção do fogo. Um dos acólitos leva o círio pascal. Não se levam nem cruz processional nem velas acesas. O turiferário leva o turíbulo sem carvões. Chegados ao lugar, faz-se a acolhida e a seguir, a bênção do fogo. O turiferário, a seguir, toma brasas do fogo novo e as coloca no turíbulo. Em seguida, o celebrante vai pronunciar sobre o círio as palavras prescritas, realizando os ritos estabelecidos. Após estes ritos realizados sobre o círio, o celebrante com a ajuda do ministro acende o círio tirando a chama do fogo novo, pronunciando as palavras prescritas.
2) Procissão:
Depois de acender o círio pascal, o celebrante põe incenso no turíbulo. Depois, recebe o círio das mãos do acólito e começa a procissão para entrar na Igreja. Ordem:
- Turiferário com o turíbulo fumegante;
- Celebrante com o círio pascal;
- Demais ministros;
- Povo Todos levam em suas mãos as velas apagadas.
Na porta da Igreja, o celebrante, de pé e elevando o círio, canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus.
A seguir no meio da Igreja fará a mesma coisa. Nesta segunda vez, todos acendem suas velas, comunicando o fogo entre si.
Quando o celebrante chega diante do altar, volta-se para o povo o por terceira vez canta: Eis a luz de Cristo, e todos respondem: Demos graças a Deus. Em seguida coloca o círio pascal sobre o candelabro preparado para isso perto do ambão. Neste momento acendem-se as luzes da Igreja.
3) Proclamação Pascal: O celebrante põe incenso no turíbulo e o abençoa. Toma o turíbulo e incensa o círio e o lecionário que está sobre o ambão e canta a Proclamação da Páscoa. O povo permanece de pé e com as velas acesas em suas mãos.
4) Liturgia da Palavra:
Sentido: apresenta uma breve história da nossa salvação que se realiza plenamente em Cristo nesta noite.
Terminada a proclamação da Páscoa, todos apagam suas velas e se sentam. Antes do início das leituras pode-se fazer o comentário. Nesta Vigília são propostas 9 leituras: 7 do Antigo Testamento e 2 do Novo testamento: a Epístola e o Evangelho. A cada leitura do AT corresponderá um Salmo e uma oração coleta. Terminada a última leitura do AT com seu responsório próprio e a oração correspondente, acendem-se as velas do altar e entoa-se solenemente o Hino Glória a Deus nas alturas. Enquanto se entoa o Glória tocam-se os sinos e sinetas da Igreja. Terminado o hino o celebrante diz a oração da coleta. Em seguida se senta para a leitura da Epístola. Terminada a Epístola, todos se levantam e o celebrante entoa solenemente o Aleluia por três vezes. O povo, depois de cada vez o repete. A seguir diz-se o salmo. Logo se lê o Evangelho. Pode se usar o turíbulo, porém não se levam velas para a leitura do Evangelho.
Depois do Evangelho, faz-se a homilia e em seguida procede-se à liturgia batismal.
5) Liturgia Batismal:
Sentido: participamos da vida nova em Cristo, pela ação santificante dos sacramentos.
A liturgia batismal se celebra na fonte batismal ou no presbitério mesmo. A seguir, chamam-se os catecúmenos, se os houver, com seus pais e padrinhos em caso de crianças. Em seguida os cantores cantam as ladainhas às quais todos respondem estando de pé, em razão do tempo pascal.
Terminadas as ladainhas, o celebrante, perto da fonte batismal, com suas mãos estendidas procederá à bênção, enquanto diz: Nós vos pedimos, ó Pai, que por vosso filho desça sobre esta água a força do Espírito Santo, pode introduzir o círio na água, uma ou três, como se diz no Missal. Depois disso, caso haja celebração dos sacramentos do batismo e da crisma, procede-se à administração desses sacramentos. Terminada a celebração, ou caso não se celebrem esses sacramentos, depois da bênção da água, o celebrante, de pé, voltado para a assembléia, recebe dos fiéis a renovação das promessas do batismo.
6) Renovação das Promessas Batismais:
Os fiéis, de pé, levam em suas mãos velas acessas. O celebrante fará o interrogatório correspondente à Renovação das promessas batismais.
Terminada a renovação das promessas o celebrante fará a aspersão sobre o povo com a água benta, percorrendo a igreja, enquanto se canta um hino de índole batismal.
Terminada a aspersão, o celebrante retorna à sede, de onde, omitindo o credo dirigirá a oração universal.
7) Liturgia da Eucaristia:
Em seguida, tem início a Liturgia da Eucaristia, que se celebra segundo o rito de costume.
8) Despedida:
Para a despedida dos fiéis, agrega-se um duplo Aleluia.
Para a bênção final da Missa, o celebrante poderá empregar a fórmula de bênção solene para a Missa da Vigília Pascal, proposta no Missal.
Fonte: presbíteros.com
Sábado Santo
1. Neste Sábado Santo não se pode celebrar nenhum sacramento, a não ser a Reconciliação. 2. Ninguém pode comungar. Não se pode levar a comunhão nem aos enfermos. Somente em real perigo de morte iminente é que se pode levar a comunhão, mas no modo de viático – só o sacerdote pode fazê-lo!
3. Neste Dia não há nenhuma celebração. A igreja permanece sem flores, com o altar desnudo, com a pia de água benta vazia, com a cruz da adoração da Sexta-feira Santa visível no presbitério. Quem passar diante dessa cruz, faz genuflexão. Isso vale até o fim da tarde – após as Vésperas.
4. No caso de exéquias, não se pode celebrar a Missa de corpo presente, mas somente fazer a encomendação.
5. Os cristãos cuidem de não se ocuparem com nada que os dissipem ou distraiam da união com o Senhor morto e sepultado.
6. Não se pode adorar o Santíssimo. As hóstias que sobraram da Sexta-feira Santa devem estar guardadas num lugar isolado: não no Sacrário, não no Altar da Reposição. Devem ser consumidas somente depois da Oitava da Páscoa.
7. A partir da tarde, deve-se começar a ornamentar a igreja para a Vigília Pascal...
Fonte: domhenrique.com