terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Rubricas para a Celebração da Paixão - Sexta Feira Santa

II. Celebração da Paixão do Senhor: Sentido: Este é o dia em que “foi imolado o Cristo, nossa Páscoa” (I Cor 5,7). A Igreja, ao olhar a Cruz de seu Senhor e Esposo, comemora seu próprio nascimento e sua missão de estender a toda a Humanidade os efeitos fecundos da Paixão de Cristo, que hoje celebra, dando graças por tão inefável dom.
Esta celebração consta de três partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Sagrada Comunhão. O altar deve estar descoberto por completo: sem cruz, sem velas e sem toalhas.
Preparar:
a) Na sacristia: paramentos vermelhos.
b) No lugar conveniente: Cruz (velada); dois candelabros.
c) No presbitério: Missal, lecionário, toalha, corporal.
d) No lugar onde fica o Santíssimo: véu umeral, dois candelabros.
Descrição dos Ritos:
1) Ritos Introdutórios:
O sacerdote juntamente com os ministros dirige-se para o altar em silêncio.
Chegados ao altar o sacerdote faz a reverência devida, prostra-se, ou se julgar conveniente, ajoelha-se nem genuflexório e ora em silêncio por alguns momentos. O povo permanece de joelhos.
A seguir o sacerdote, dirigindo-se à sede, com as mãos estendidas diz a oração prevista e logo se senta.
2) Liturgia da Palavra:
Procede-se às respectivas leituras. Na leitura da Paixão do Senhor, quando se anuncia a morte de Jesus todos se ajoelham e faz-se uma pausa. Terminada a leitura, não se beija o livro.
Homilia. Terminada a homilia o sacerdote, na sede ou junto ao altar, com as mãos estendidas dirige a oração universal como se propõe no Missal.
Os fiéis podem permanecer de pé ou de joelhos durante todo o tempo das orações.
3) Adoração da Santa Cruz
A seguir, faz-se a apresentação e adoração da Santa Cruz, com uma das formas propostas no Missal.
¨ Primeira forma de apresentação da Cruz: o sacerdote recebe a cruz coberta e, junto ao altar, em três momentos sucessivos a descobre e a apresenta para a adoração dos fiéis, repetindo a cada vez o convite: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos.Terminado o Canto, ajoelham-se e durante breve tempo adoram em silêncio a Cruz. Depois a cruz é levada pelo presbítero à entrada do presbitério, acompanhada por dois acólitos com velas acesas, e a coloca ali ou a entrega aos ministros para que a sustentem levantada entre velas acesas colocadas à direita e à esquerda.
¨ Segunda forma de apresentação da Cruz: o sacerdote, acompanhado pelos acólitos, vai à porta da igreja onde toma a cruz descoberta. Os acólitos trazem consigo velas acesas, e faz-se a procissão pela igreja até o presbitério. Perto da porta da igreja, na metade e à entrada do presbitério, o sacerdote eleva a cruz cantando o invitatório: Eis o lenho da Cruz.. Ao que todos respondem: Vinde Adoremos. Depois de cada resposta todos se ajoelham e adoram em silêncio durante breve tempo. Depois se deixa a Cruz à entrada do presbitério, como se disse anteriormente, para a adoração.
Para a adoração da cruz, o celebrante deixando a casula e, se julgar conveniente, os sapatos aproxima-se em primeiro lugar, faz a genuflexão diante da cruz, beija-a e volta à sede onde volta a calçar-se e se reveste com a casula.
Depois do sacerdote passam adorando a cruz os ministros e depois os demais fiéis.
4)Sagrada Comunhão:
Terminada a adoração, leva-se a cruz a seu lugar, perto do altar. As velas acesas são colocadas junto ao altar, ou junto à cruz. Sobre o altar se estende uma toalha e se coloca um corporal e o Missal.
Depois vai se buscar o Santíssimo Sacramento no lugar onde ficara reservado. Dois acólitos com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e as deixam (as velas) sobre o altar. Na igreja todos estão em silêncio. Uma vez estando as âmbulas sobre o altar e descobrindo-as, faz-se a genuflexão. Diz-se o Pai-nosso com seu embolismo e se distribui a Comunhão, como se indica no Missal. Terminada a comunhão reserva-se novamente o Santíssimo Sacramento ou fora da igreja, no lugar anteriormente preparado ou, se as circunstâncias exigirem, no sacrário. Depois de certo período de silêncio, o sacerdote, de pé, diz a oração para depois da comunhão.
5) Rito de Conclusão:
Terminada a oração, depois da comunhão, para a despedida, o sacerdote de pé, voltado para o povo e com as mãos estendidas sobre o altar diz a oração correspondente.
Depois se faz genuflexão para a Cruz. Todos se retiram em silêncio.
O altar se desnuda no tempo oportuno.Fonte: presbíteros.com


Sexta Feira Santa 

1. Recordemos a situação da igreja: cruzes retiradas ou veladas, altar totalmente descoberto, nenhuma flor, pia de água benta vazia. Não se toca os sinos nem campas; sempre a matraca. 
2. Nenhum sacramento pode ser celebrado, a não ser a Penitência e Unção em caso de real perigo de vida. Nenhuma missa, por motivo algum, pode ser celebrada.
3. Fora da celebração, a comunhão somente pode ser dada aos doentes.
4. Não se pode fazer nenhuma adoração solene ao Santíssimo. Quem o adorar, fá-lo em silêncio e individualmente.
5. Pelas 15h começa-se a Celebração: paramentos vermelhos, sinal do sangue, do amor, e do Espírito Santo, que sustentou a entrega do Cristo.
6. Não se deve fazer comentários, a não ser o estritamente necessário... Se é que há necessidade...
7. Os celebrantes entram em total silêncio e se prostram. Todos se ajoelham, adorando o mistério da Paixão e Morte do Senhor. A prostração é o mais profundo modo litúrgico de reverência...
8. Sem “oremos”, de modo seco e direto, o padre faz a oração e conclui de modo abreviado: “Por Cristo, nosso Senhor”.
9. Atenção para não se mudar a letra do Salmo 30. Ele deve ser rezado na íntegra!
10. O quanto possível, não se deve tocar nenhum instrumento musical, a não ser para dar o tom. Se houver necessidade de tocar, que seja somente para sustentar o cântico e de modo extremamente discreto.
11. A Paixão pode ser proclamada por mais de uma pessoa. Nunca, sob pretexto algum, pode haver dramatização! É pura e simples aberração litúrgica, totalmente contrária ao espírito da Liturgia.
12. Quem inicia: “Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo...” não é o Padre, mas o narrador. Também é ele quem diz: “Palavra da Salvação”. Mas, sem beijar o Livro.
13. A homilia deve ser não muito longa.
14. Para a Oração universal, o diácono, um cantor ou o próprio Celebrante propõe, cantado, as intenções. Depois, pode convidar o povo a ajoelhar-se e levantar-se. Finalmente, o Celebrante faz a oração, com uma melodia quase em tom reto.
15. Para a Oração, o celebrante pode retirar a casula e colocar o pluvial vermelho.
16. Para a adoração da cruz, além dos dois modos apresentados no Missal, é costume na nossa Arquidiocese, conjugar os dois modos: o celebrante ou um diácono, de casula ou dalmática – ou ainda de pluvial – entra com a cruz velada e, três vezes, nave a dentro da igreja, vai descobrindo a cruz coberta de vermelho e cantando: “Eis o lenho da cruz”. O povo se ajoelha cada vez e responde.
17. A cruz deve ser colocada num local de destaque no Presbitério. O celebrante e os acólitos fazem-lhe três genuflexões e a beijam-na. É recomendável que, ao fazê-lo, retirem os sapatos, em sinal de humildade e penitência.
18. Quanto ao povo, se for muito numeroso, não deve beijar a cruz. Basta apresentá-la, enquanto se canta. Nunca, de modo algum e por motivo algum, pode-se usar mais de uma cruz!
19. A partir desse momento, se faz genuflexão para esta cruz – só para esta – como para o Santíssimo. Isso vai até às Vésperas do Sábado Santo.
20. Depois, para a Comunhão, cobre-se o Altar e colocam-se duas velas, o corporal e o missal. O celebrante ou o diácono, com o véu umeral e ladeado por dois acólitos com velas (mas sem umbrela, matraca e tudo o mais) traz o Santíssimo. Se ele estiver um pouco distante, um ministro da comunhão pode trazê-lo, mas sem véu umeral!
21. Depois da comunhão, o Santíssimo é recolhido não no sacrário, não no Altar da Reposição, mas num lugar fechado (por exemplo: o gabinete do padre ou uma outra sala fechada).
22. O padre faz, então, uma oração sobre o povo e, sem bênção, o despede.
23. Logo depois, o Altar é, novamente descoberto.
24. A partir de então, nem aos doentes é permitido mais levar-se a comunhão. A não ser em viático, isto é, para os que estão realmente agonizando.
Fonte: domhenrique.com

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